domingo, 5 de julho de 2015

fuzo ê

galo cantando


Fuzuê na roça.
Leite derramando,
Cachorro latindo,
E bezerro berrando.

Sol mirando às nove.
Acontece é que perdi a hora,
Não que assim quisesse,
É que o galo bateu as botas.

Salva o leite, alimenta os bichinhos
E acorda o Tonico pra buscar o gado.
O dia está salvo.
Mas como fica o amanhã?

Sem galo Zico o dia não começa.
Tô todo fodido.
Como sem mais nem menos
Esse galo mete essa!?

Não dá tempo de chorar por Zico.
Vou logo na feira pra acabar com esse sufoco.
Amanhã mesmo a gente já esquece,
assim que chegar o galo novo.

(Marcus P. M. Matias)




Um comentário:

  1. Olá, muito bom seu blog. Tenho um onde coloco alguns poesias minhas, poderia dar uma olhada?
    http://wordsbyalonelyguy.blogspot.com.br

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